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Fontes, bebedouros e chafarizes

Fontes, bebedouros e chafarizes

29
Mar18

Fonte Nova, Trancoso, Guarda

JL

É um notável chafariz em estilo renascentista, edificado em 1589, que, tipologicamente, associa o espaldar a um volume em forma de templete, definido por sete colunas e com cobertura piramidal. Possui um brasão régio e, para além da data de construção, contém a inscrição: Deus Ajuda-me. 

Segundo as memórias paroquiais do século XVIII, também era conhecido por fonte de João Durão pois, no remate da cúpula, existiu esculpida a figura de um homem. Na informação que consta ao lado da fonte, conta-se que, para evitar os amores entre os frequentadores destas fontes, e os escândalos e ofensas que daí adviam, a Câmara, em 1680, estipulou a pena de 2.000 reais e dois dias de cadeia para todo o moço que namorasse moça solteira nas fontes.

Fonte: Aldeias Históricas de Portugal

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IMG_3286.jpg Outras fontes em Trancoso: Poço do Mestre, Poço na Rua do Bandarra.

28
Mar18

Poço do Mestre, Trancoso, Guarda

JL

Este poço fica no centro de Trancoso, um município do Distrito da Guarda que integra o roteiro das Aldeias Históricas de Portugal, conhecida por ter albergado uma das mais numerosas e importantes comunidades judaicas do país. No seu centro histórico é possível encontrar muitos poços de água, quer em espaços públicos, quer no interior dos imóveis. Entre eles, destaca-se o Poço do Mestre, cuja localização e apelido são intrigantes. Localizado próximo da Casa do Gato Preto, um dos maiores legados do património judaico de Trancoso, onde se supõe ter funcionado uma Sinagoga, talvez o nome nos queira dizer isso mesmo, o poço, no sentido figurado, ao querer dizer que é um buraco de sabedoria do Mestre. Aquele que ensina poderia referir-se ao Rabi que é o Mestre. Também existe a possibilidade de este poço de água nascente ter alimentado o Micvé da Sinagoga, ou seja, o ritual de purificação judaico que utilizava água de uma fonte natural. 

 Fonte: Aldeias Históricas de Portugal

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Outras fontes em Trancoso: Fonte Nova, Poço na Rua do Bandarra.  

25
Mar18

Poço nos cláustros da Sé de Évora, Évora

JL

O clautro da Sé de Évora data de 1325, após ordem do Bispo D. Pedro. É um belo exemplar gótico, enriquecido com rosáceas de decorações diversas. Não há informação sobre o poço que se encontra no centro do mesmo. Contudo, tendo em conta a importância que a água tem nas nossas vidas, é bem provável que a sua origem seja também medieval.

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Relativamente à Basílica Sé de Nossa Senhora da Assunção, mais conhecida por Catedral de Évora, ou simplesmente Sé de Évora, a maior catedral medieval do país, sabe-se que a sua construção se iniciou em 1186 mas só ficou pronta em 1250. É um monumento marcado pela transição do estilo românico para o gótico. No seu interior, existem muitos elementos arquitetónicos e artísticos de relevância, acrescentados ao longo dos tempos, seguindo os vários estilos vigentes (românico, gótico, manuelino, barroco...). 

Fonte: Wikipedia

Facto curioso: Diz-se que aqui foram benzidas as bandeiras da frota de Vasco da Gama em 1497.

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Outras fontes na cidade de Évora: Caixa de Água RenascentistaChafariz do Rossio de São BrásChafariz das Portas de Moura, Fonte no Largo dos MercadoresChafariz das BravasFonte da Universidade de ÉvoraFonte da Casa do Lavabo (Universidade), O beijoFonte de Ferro do Largo dos ColegiaisChafariz da Praça do Giraldo... 

24
Mar18

Chafariz da Rua de Alconchel (atual Serpa Pinto), Évora

JL

Ao início da Rua Serpa Pinto, encostada à Igreja de Santo Antão e muito próximo da Praça do Giraldo, encontramos este chafariz, bastante abandonado. Pensa-se que a sua fundação é da época da reedificação do Aqueduto, em 1531, afim de aproveitar as águas decorrentes da Praça do Giraldo. Além deste nome, também há referências que tomou o nome de "Chafariz dos Cavalos". No Tombo Municipal, de 1651 é designado de "Chafariz da Rua de Alcunchel" e, em 1849, "Chafariz da Rua D' Alcouchel".  

Fonte: Chafarizes e Fontes Públicas da cidade de Évora

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Outras fontes na cidade de Évora: Caixa de Água Renascentista, Chafariz do Rossio de São BrásChafariz das Portas de Moura, Fonte no Largo dos MercadoresChafariz das BravasFonte da Universidade de ÉvoraFonte da Casa do Lavabo (Universidade), O beijoFonte de Ferro do Largo dos ColegiaisChafariz da Praça do Giraldo... 

23
Mar18

Chafariz do Rossio de São Brás, Évora

JL

Está classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 2011.

Tanto aparece referido como "Chafariz do Rossio de São Brás", como "Fonte do Rossio". Quanto à sua construção, também não há consenso: há quem refira o  ano de 1592, como o ano da sua construção, a mando de Filipe II; André de Resende diz que, em 1573, já existira aqui uma fonte, que fazia parte da rede de distribuição das águas do aqueduto da prata; em 1497, D. Manuel autorizou a construção de um poço no Rossio, a um munícipe, e, mais tarde, em março de 1501, a Câmara sugeriu que fosse de utilização pública, sendo convertida em chafariz de cavalaria, o que se concretizou. Não se sabe se estes dados se referem à fonte que, hoje em dia, podemos ver no Rossio de S. Brás. No entanto, perante a falta de certezas, é uma hipótese a ter em conta. Uma descrição existente no Tombo Municipal, de 1651, é coincidente, em parte, com a fonte/chafariz atual. Contudo, sabe-se que, em 1965, a Câmara Municipal de Évora procedeu a algumas modificações ou reparações, não se sabendo quais...

Em abril de 2017, a Câmara Municipal de Évora iniciou o restauro deste chafariz. O trabalho já está concluido mas as grades que ainda o circundam, já se encontram um pouco vandalizadas...  

Fonte: Chafarizes e Fontes Públicas da cidade de Évora

 

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Outras fontes na cidade de Évora: Caixa de Água Renascentista, Chafariz da Rua de Alconchel, Chafariz das Portas de Moura, Fonte no Largo dos MercadoresChafariz das BravasFonte da Universidade de ÉvoraFonte da Casa do Lavabo (Universidade), O beijoFonte de Ferro do Largo dos Colegiais, Chafariz da Praça do Giraldo... 

22
Mar18

Chafariz da Praça do Giraldo, Évora

JL

Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o chafariz da actual Praça do Giraldo, conhecido como Terreiro ou Praça de Alconchel, nos séculos XIII e XIV e simplesmente Praça Grande entre os séculos XV e XIX, veio suceder a um outro aí construído para marcar a conclusão da obra do Aqueduto da Prata que terminava neste local.

IMG_9459.jpg Com a sua localização privilegiada no contexto urbano da cidade, diante da Igreja de Santo Antão e na mesma praça onde se realizava, pelo menos entre os séculos XV e XIX, um mercado diário, uma Feira Anual e as corridas de touros da cidade, o Chafariz da Praça do Giraldo constituiu ao longo dos séculos uma das mais importantes estruturas de abastecimento de água à população. Para além do seu carácter utilitário, a evidente monumentalidade do chafariz fez com que este se instituísse mesmo como um símbolo de Évora ao longo dos tempos. Fez também parte do plano henriquino de modernização do centro da cidade, e em especial das anteriores estruturas de abastecimento de água mandadas construir por D. João III. A sua construção data de 1571 e é obra do arquitecto Afonso Álvares, mestre de obras do Infante D. Henrique.

Fonte: Chafarizes e Fontes Públicas da cidade de Évora

Património Cultural

 

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Todo construído em mármore branco, possui planta circular, dividida em embasamento, fuste, taça e arca em forma de píxide, com um remate pinacular a encimar o conjunto. Como elementos decorativos destacam-se oito mascarões a rematar as bicas, de onde a água corre para a taça. O patrocínio régio da obra, realizada no reinado de D. Sebastião, é marcado por uma coroa com cartela na arca, alusiva a este monarca, e completada com a inscrição comemorativa SEBAS/ TIANO LVSIT REGI/ PIO FE / LICIS/ VICTO/ RIA.

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Curiosidades: 

O primeiro chafariz seria certamente uma obra digna da cidade, sabendo-se que era ornamentado com leões em mármore, e se encostava a um arco de triunfo romano então erguido na praça. A sua demolição teve como causa única a vontade do Cardeal Infante D. Henrique em desimpedir o espaço da praça e a visão da novíssima Igreja de Santo Antão, destinada a albergar a importante colegiada de que este, como Arcebispo de Évora, era por inerência o prior. Apeado o arco, as estruturas que restaram foram recolhidas no Colégio do Espírito Santo da cidade, onde quer a tradição que ainda se encontrem algumas colunas. Contudo, Guido Battelli refere que a ideia do Cardeal era apagar as marcas da civilização pagã.

A sua configuração foi sofrendo alterações ao longo dos tempos. As oito carrancas por onde corre a água correspondem às oito ruas que desembocam na praça. A coroa imperial é no mesmo tom (bronze imperial) das carrancas.

IMG_9462.jpgIMG_9461.jpgIMG_9464.jpgA sua excelente localização é ponto de paragem obrigatória não só quando se circula pela cidade, e se sente necessidade de retemperar forças e alguma frescura,

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(Em 1990)

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(Em 2016)

como também durante as festas dos estudantes de Évora. Também eu, no meu primeiro ano de universitária, tive a oportunidade de ser "batizada" nestas águas: 

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Outras fontes na cidade de Évora: Caixa de Água Renascentista, Chafariz da Rua de Alconchel, Chafariz das Portas de Moura, Fonte no Largo dos Mercadores, Chafariz das BravasFonte da Universidade de ÉvoraFonte da Casa do Lavabo (Universidade), O beijoFonte de ferro do Largo dos Colegiais, Chafariz do Rossio de S. Brás... 

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Todas as imagens que utilizo neste blogue são da minha autoria. Os textos e as imagens podem ser reproduzidos, desde que seja referenciada a origem e a autoria dos mesmos.

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